quarta-feira, 3 de junho de 2009

Olha, não dá nem pra digitar direito, de tantas gargalhadas que eu estou dando até agora, então, sem muitas delongas, apresento o clipe de Bonnie Tyler, Total Eclipse of the Heart, dublado e legendado por uma turma de desocupados. O resultado não poderia ser melhor:



- Here´s where I pretend to be Eva Peron (L) (L)

sábado, 16 de maio de 2009

Era de Aquarius

Este blog atingiu a marca de mil acessos. Corram, o fim do mundo está próximo!

Servimos bem para servir sempre

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Satisfação

Me empanturrei há três horas com um (delicioso) Picanha Cheddar Burger com fritas do Big X Picanha e ainda não digeri as calorias todas. Vou pedir um Eno delivery daqui a pouco....

Esclarecimetos à nata da blogosfera

Eu sei que estou quem nem político depois de eleito e não cumpro nenhuma promessa de colocar este blog enferrujado e cheio de teias de aranha de volta à ativa. Em minha defesa posso apenas alegar que as últimas semanas têm sido bastante corridas, já que sou praticamente uma sem-teto. Na condição de interiorana, moro em São Paulo desde 2005, quando comecei a cursar a faculdade. Posso dizer que sou uma nômade desde então, morando cada semestre num lugar diferente. Nos últimos meses não mudou muita coisa. Tive que sair há quase duas semanas da casa dos meus tios, onde estava hospedada, porque o combinado era uma estadia provisória. Saí de lá e fui pra casa dos meus pais, com uma mão na frente e outra atrás, torcendo para que eu conseguisse me mudar pra casa de uma amiga ASAP. Acabou dando o maior rolo e resolvi ir pra casa de outra amiga que havia me convidado. Rolo número 2 se estabeleceu e eu me vi indo e vindo pra São Paulo diariamente, pagando fortunas para a empresa maligna Cometa me transportar com insegurança e impontualidade.

Passei os últimos dias a procurar em sites alguma vaga em república, apartamento, casa ou flat. Como não sei se morarei em Sampa por muito mais tempo, não posso me comprometer em alugar um apartamento, já que ninguém aluga nada por menos de um ano, a exceção dos caríssimos flats. Pedindo abrigo a uns amigos aqui, outros acolá, consegui economizar uns trocados dormindo algumas noites em São Paulo. Hoje de manhã, me preparando pra sair da casa de uma amiga que me deu asilo, recebo uma mensagem de outra benfeitora, avisando que o Rolo número 2 havia se resolvido. Na hora do almoço vamos acertar os ponteiros. Se desta vez der tudo certo, a partir de domingo serei uma oficial moradora do Morumbi. Nóis é cigana mas é chique!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Voltando à programação normal

Aviso aos navegantes, itinerantes e afogantes que está reaberta a temporada de posts neste blog. Aguardem as atualizações, feitas sempre que possível.

Bloody Mary

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Isquindô! Isquindô!


Abra suas asaaaaaaaaaaaaas
Solte suas feeeeeeeeeeras
Caia na gandaia
Entre nesta festaaaa

(Musiquinha do Senna)

(Confetes jogados para o alto)

(Taças de champanhe batendo)

(Todos usando suas melhores roupas)

A lei antifumo foi aprovada!!!!!!!!!

Quanto riso, oh, quanta alegria! Os mais de mil palhaços no salão vão chorrar pela cigarrilha proibida no meio da multidão!!!

Olha, enquanto muitos caras-pálidas ficam resmungando por aí, cheio de mimimis, eu abraço todos aqueles que gostam de desfrutar a liberdade de seus pulmões, garantida por lei. Um mambo bem caliente pra Red, que fez uma quase campanha antitabagista no seu blog. E dois dedos médios em riste pra secretária do escritório aqui ao lado, mais conhecida como Srta. Chaminé, que vive fumando na escada e empesteando todo o andar do nosso lindo prédio.

Vou comemorar daqui a noventa dias, em alguma balada cheirosinha!
- Ilustração do cartunista Adão

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Shii

Caros leitores,

O Mind Your Step entrou em férias coletivas devido à recepção que a família Tudor teve que organizar para o encontro do G-20, entre outros afazeres.

Como as histórias das últimas semanas são muitas e o tempo é curto, deixo com vocês um vídeo politicamente incorreto. Como o propósito desta página não é tornar as pessoas melhores, abandono-os com o melhor do humor holandês.



-So long, farewell, goodbye, aufwiedersehen!
Update: o chato do Youtube tirou o vídeo do ar. Mas vocês podem conferir aqui, antes que o Tio Uol também resolva mudar de idéia.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

(Ir)respeitável público

Neste último fim de semana, fui ajudar meu tio, que é produtor, a vender cd´s e dvd´s após os shows do artista que representa.

Tudo muito bom, tudo muito bem. O conceito era simples: separar o material, arrumá-lo na bilheteria e aguardar o fim do show, quando pessoas civilizadas viriam observar as amostras já devidamente alocadas no balcão (sem seus respectivos cd´s dentro da caixa, por uma questão de precaução) e pagariam pela mercadoria a ser adquirida. Certo? Errado.

Foi uma loucura! Hordas de pessoas ensandecidas se acotovelavam diante do balcão, ignorando qualquer senso de civilidade ou algo meramente semelhante a uma fila. Os cd´s e dvd´s que estavam na parte interna do balcão e que, por supuesto, eram para serem vendidos e estavam teoricamente fora do alcance dos compradores, começaram a ser manuseados sem cerimônia por várias dúzias de seres humanos desprovidos de educação e bom-senso.

Em picos de vendas que duravam 15 minutos, eu tinha que dividir minha atenção em 298458 partes e pessoas, explicando qual cd tinha tal música, tal estilo, tal preço, apesar de já ter afixado previamente etiquetas no cartaz e nos cd´s, indicando os preços. As pessoas perguntavam o óbvio e eu, com um sorriso no rosto, respondia o ululante. Milhares de mãos esticadas portavam cédulas de reais impacientemente. O meu namorado, que não fala português, teve que ficar de olho nas pessoas que atacavam a mercadoria atrás do balcão, atento para qualquer manifestação de delito.

No sábado, eu até montei um cordão de isolamento e coloquei uma plaquinha escrito "Caixa" em cima do balcão, esperando que os desesperados consumidores finalmente fossem iluminados com a luz da organização. Ledo engano. Mesmo com um público considerado intelectual, seleto e alternativo, os instintos mais primitivos dos seres humanos insistem em se sobrepor a qualquer manifestação de coletividade.

Não bastasse tudo, a chuva nos castigou todas as noites, nos ensopando gratuitamente. Mas como dito, foram apenas picos de vendas e não foram gratuitos. Ganhei a minha comissão, circulei no backstage (que é sempre uma coisa muito bacana), conheci a produção toda, que é simpaticíssima, comi milhares de salgados e docinhos deliciosos dos camarins, assisti de graça ao show todos os dias e para o bem de todos e alívio geral da nação, fechei a contabilidade com perfeição. Nem um real a mais, nem um real a menos.

Três vivas à minha racionalidade diante do desespero!!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Largo da Batata Fashion Week

People of England,

Eu sei que tenho muito pano pra manga de um post sobre a festa de formatura da minha turma da faculdade. Mas eu confesso que, além da preguiça que me acomete no momento, desfruto de merecidas nove semanas e meia de amor. Yes, Mr. Tudor está em Terra Brasilis e eu pretendo gastar meu tempo de forma bastante otimizada, e não necessariamente alimentando esta página. Naturalmente que não deixarei meu reino ao léu, só não garanto assiduidade.

Para aliviar um pouco a imagem de sanguinária, resolvi cumprir uma promessa feita à Gabriela, publicando neste espaço uma foto cobiçadíssima pelo The Sun:

Para resguardar a minha privacidade e a dos demais membros da realeza, utilizei meus dotes no Paint, modificando ligeiramente a imagem. (Ok, bandeira branca, eu não me formei em informática!).

Eis o meu outfit. Não é YSL nem Valentino, mas não me deixou na mão. Entre plumas e paetês, garanto que meu vestido Pomme de Terre Couture foi o mais confortável e fresquinho daquele salão!

Quanto à faixa, está escrito "Miss Princípios". E esta é uma história para outro post.

Yours sincerely,

Mary

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sem cerimônia

Então que ontem foi a colação de grau da minha turma.

Aquela coisa toda, né? Decoração cafona, com flores penduradas (caídas) numa mesa coberta de um pano azul-royal, música de um, cof, coral (que na verdade eram duas pessoas, um homem e uma mulher, acompanhados por um teclado), mestre-de-cerimônias com a voz grave e problemas com próclise, ênclise e mesóclise e uma horda de pais orgulhosos, formandos sorridentes e um total discenso em relação ao dress code da cerimônia.

Eu me acomodei no fundo da platéia, junto aos meus amigos igualmente não pagantes daquela festa. No fim das contas, todos concordamos que foi ótimo não ter aderido ao pacote da colação de grau que, sozinha, custava 700 reais (naonde que a uma hora de cerimônia custou tanto???). Nada saiu do script. Antes da entrada dos formandos e suas becas, os cantores cantaram em solo (ai, meus ouvidos) uma música cada um. Detalhe: eram músicas bregas de dor-de-cotovelo. Oi? Cadê aqueles clichês de "Amigos para Sempre", "We are the champions" ou similares? Enfim. Depois da devida acomodação dos formandos "oficiais" (pagantes), o tal do mestre-de-cerimônias começa a ladainha.

Ok, este é um capítulo à parte: foi anunciado o vice-coordenador do curso. Alô-ou? O meu coordenador nem sequer deu as caras na colação. O cara é tão ausente, tão ridículo, tão %!#%@?^ (insira o insulto de sua preferência) que teve a pachorra de não prestigiar a nossa formatura. Não bastasse isso, o vice-coordenador, encarregado de iniciar a cerimônia oficialmente, diz "Declaro a abertura dos trabalhos". Oh dear, parece que a gente está em uma conferência e que a mesa em cima do palco é composta de acadêmicos que vão discutir algum tema na rodada, e não um grupo de acadêmicos homenageados com flores e discursos piegas.

Em seguida, vieram as falas das duas oradoras das turmas. A da minha sala fez um discurso divertido, provocando muitas risadas. A da outra sala provocou vergonha alheia, proferindo um discurso confuso, superficial e tropeçando diversas vezes na leitura da sua cola. Shame shame shame.

Logo após, os dois paraninfos tomaram o palanque. O nosso, confuso como sempre, acabou dando uma aula no lugar de uma lição de vida aos formandos. O outro conseguiu ser tão poético que um cisco quase entrou no meu olho.

Acredito que nessa ordem, posteriormente vieram as homenagens aos professores e pais (com direito a flores de cada formando para sua família, o que gerou um certo congestionamento de pessoas perdidas entre as fileiras dos assentos do teatro) e finalmente o juramento, que eu nem sabia que existia para o meu curso.

Mais uma música descontextualizada ("Abra suas asas, solte suas feraaaas") e fim.

Na verdade, a noite não foi ruim. Eu me diverti com a obviedade da coisa toda e depois da cerimônia fui com meus amigos (pagantes com suas famílias e não pagantes sem) para uma pizzaria. Lotamos várias mesas e nos empanturramos enquanto jogávamos conversa fora, hidratados com muito chope.

O saldo, sem dúvida, foi positivo. Adoro a minha turma, a minha panelinha da faculdade. Reconheço o que cada um representa pra mim. E sim, vou sentir falta dos tempos passados com eles diariamente nas carteiras da faculdade. Mas devo confessar que pra mim é muito mais significativo o que vamos fazer hoje e amanhã, que é ir ao bar comemorar o aniversário da minha amiga e na quinta revelar o amigo-secreto. Sem pompa, sem circunstância eu quero poder brindar e rir dos quatro longos anos que passamos juntos.

Meu pé, meu querido pé que me aguenta o dia inteiro-o-o

Demorei mas volte à ativa. Aviso aos navegantes que o trabalho (aka o único lugar onde tenho acesso à Internet durante a semana) está bastante corrido, o que me dificulta na hora de atualizar a minha vida cibernética. Mas no último fim-de-semana pude desfrutar de uma trégua nas responsabilidades e fui com o clã Tudor para a maravilhosa Ilha Bela.

De mala, cuia e agregados, a família rumou sentido litoral norte com pouco dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender, mudando um pouco as promessas de ano novo. Conseguimos emprestado de amigos muito legais uma casa na ilha que era pequena mas muito aconchegante e tinha o principal objeto de felicidade de um turista na praia: uma piscina!

Passei 3 dias por lá, comendo, torrando no sol e nadando no mar e na água adoçada com cloro. Fomos pras praias do Curral e Grande (não confundir com o esgoto do litoral sul). Não preciso dizer que o sol maravilhoso que castigou a minha alva pele estava presente durante todo o dia, propiciando que esta que vos fala passasse do Branco Omo pro Beje Baunilha. Foi bom, muito bom. Papai mestre-cuca preparou um delicioso risoto de frutos do mar, que atacamos numa tarde esfomeada à beira da piscina. Resolvi que essa seria a minha Ilha de Caras e desfrutei de todo luxo e sofisticação que as águas cristalinas da Ilha podem oferecer.

Tudo muito bom, tudo muito bem... até que a gente recorda que a Ilha Bela é famosa pelo sorvete Rocha e pelos demônios insuportáveis encarnados na forma de borrachudos. Táqueupariu! O banquete que esses seres malévolos fizeram no meu tornozelo é de deixar Babette com inveja. Uma verdadeira orgia gastronômico-sanguínea foi promovida sem o meu consentimento. Lógico que a lei de Murphy que controla a sua, a minha, as nossas vidas permite que eu, um ser elevado espiritual e fisicamente seja, alérgica às picadas dos abomináveis bichinhos. É claro que a sorte grande que resolveu me abraçar e nunca mais me soltar fez com que meus tornozelos ficassem inchados como uma portadora de elefantíase bem na semana da minha formatura. Parabéns, destino, você cumpriu novamente sua função.

Agora, o que me resta é me besuntar com quilos e mais quilos de Fenergan, deixar os pezinhos para o alto e gastar dinheiro com ônibus, já que andar a pé é um martírio.

Com isso, tive que postergar inclusive a segunda rodada de compras para o baile de sexta-feira, já que tenho uma pendência com sapatos. Agora me diz como eu vou conseguir comprar um sapato de salto (ou mesmo experimentar) se eu mal consigo fechar a fivela de uma sandália rasteirinha? Se eu estou indo trabalhar de Birkenstocks, como eu vou dançar chão-chão-chão com sete centímetros abaixo da planta dos meus pés?

O que me resta é torcer para que as Havaianas sejam distribuídas logo nos primeiros 20 minutos de festa...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Povão Pride

Eu me formei. Quero dizer, estou para me formar, ainda que não tenha escrito meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso, monografia, ou sei-lá-como se chama no seu vocabulário). A questão é que semana que vem tem a minha festa de formatura. Na verdade eu não queria entrar NESTE mérito da questão, já que eu não aderi ao pacote colação de grau & baile por vários motivos. Acho muito caro (R$ 2.145, se add na minha conta do Banco Real) e detesto essa mercantilização das festas em geral (debutante, casamento, formatura). Acho um porre uma empresa mandar e desmandar numa comemoração que deveria ser pessoal (no caso, grupal). Fora que eu acho brega a história da valsa, do papel picado, do vestidão de chiffon... essas coisas todas que as pessoas (no caso, as meninas) acham superhipermegaimportantes e imprescindíveis. Eu passo. Sem contar que dos ritos de passagem, este é dos menos importantes pra mim. Tá, legal, me formei, UHU! Prefiro ainda assim viajar com a minha turma (meus amigos, e não meus colegas com os quais eu nem conversei ao longo de quatro anos).

Anfã, eu vim escrever sobre outra coisa. Não adianta, eu me conheço. Assim como as minhas amigas, que me apelidaram de Miss Princípios. Essa história da formatura revolve o espírito revolucionário dentro de mim. A questão REAL deste post é que ontem eu fui bater perna em Pinheiros pra comprar o meu vestido.

Como era de se esperar, a região é bem barata. Não queria de jeito nenhum gastar muitas centenas de realetas num vestido brega que eu usaria uma ou duas vezes na vida. Sou básica demais para me arriscar em tafetás, rendas e drapeados. Sem contar que uma vez por Era Glacial aparece um evento que exija um longo. Bati muita perna, já que mercadoria barata= made in East. Não é por nada não, mas quase todas as lojas que eu visitei tinham a mesma (má) qualidade, com vestidos costurados na Coréia (do Norte, provavelmente). Todo vestido legalzinho que eu vi tinha um caimento esquisito, uma costura aberta, um acabamento mal-feito. Não nego que vi um ou dois bem interessantes, pretos e sem frufrus. No máximo uma saia reta plissada. Mas ainda assim não havia me convencido em gastar uns 160, 170 reais em uma peça que podia provocar um strip-tease involuntário durante o chão chão chão que vai rolar na festa.

Depois de três horas irritantemente destinadas a experimentar vestidos e mais vestidos (como eu ODEIO experimentar roupa!) e vivendo momentos únicos ao lado de vendedoras inexperientes/sem noção que me agraciavam com pérolas como "Você é a formante (sic)?" ou "Mas você é básica demais, hein?", ou ainda que pediam licença DEPOIS de terem aberto a cortina no provador enquanto eu estava trocando de roupa, eu finalmente econtrei um rolo de pano cerzido pra chamar de meu! Numa loja a duas quadras do malfadado Largo da Batata adquiri um tomara-que-caia indescritível. Não sei o nome do pano, mas sei que ele é beeeem levinho e não marca o corpo, fica solto, não emoldurando minhas banhas. A cor... hm... imagine um tye dye cinza, beje e verde. Imaginou? Agora imagine bonito, e não essa gosma hippie horrorosa que invadiu seus pensamentos. Pronto. Este é meu vestido, sem mais nem menos. Adorei porque ele é tão versátil que eu posso usar numa noite na praia com um chinelinho rasteiro ou numa ocasião chique como a minha formatura. Confesso que encontrar uma sandália que combine vai ser um pouco complicado. Eu detesto tons metálicos, como dourado, prateado e cobre, essas cores típicas de festa. Tenho uma semana pra me resolver.

Em suma, fiquei contente com o resultado. Ao contrário das minhas amigas, que estão há uns seis meses preocupadas com o vestido, gastando montanhas de dinheiro com costureira, lojas chiques e acessórios mirabolantes, eu posso dizer que não me estressei, não me endividei e du-vi-de-o-dó que exista alguém naquela festa com um modelito igual.

Porque alta costura, meus amores, é pra perdedores.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Oftalmologista, me add

Citando a famosa vilã Flora, cuja novela eu acompanhei na reta final, devido a um pai noveleiro, ontem me senti uma anta histórica.

No caminho de volta para casa fui andando na calçada em direção a duas mulheres de meia-idade que iam no sentido oposto. Ao me aproximar, acreditei conhecer uma delas, uma professora da minha universidade. Percebi que ela me começou a me encarar também, num olhar de mútuo reconhecimento. Paramos, demos aquele "Ooooooi, tudo bem?", "Tudo, e você?", beijos. Dái que eu começo a estranhar: esse não é o sorriso dela. E ela me pergunta "Você está indo lá". Eu respondi "Estou indo pra casa". É, definitivamente não a conhecia. Fingi estar tudo bem, dei um sorriso amarelo e disse "Então tá, tchau!" e fui embora, quase rolando pela calçada de tanto rir de vergonha.

Pensando bem, não é tão mal assim, quando na rua você encontra uma anta da mesma espécie que você.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Me very happy

Tudo bem que o Kibeloco é um blog pop, com zilhões de leitores, etc. Mas vai que algum desavisado que passa por aqui ainda não viu o vídeo com o volante Anderson, ex-Grêmio, ex-Porto, atual Manchester United. Então, num arroubo de vergonha alheia, resolvi compartilhar com meus estimados visitantes a maravilhosa entrevista concedida a um canal inglês de televisão.

Para aquelas que são professoras de England, em especial, eu dedico becos elas vão rir afta afta a long time.

Sem mais delongas, Anderson na língua de Shakespeare:

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Seu carro empata a minha vida

Tem certas coisas que me deixam putíssima. No meu Top 5 está o desrespeito ao coletivo. Numa cidade como São Paulo, onde o famoso ditado pode ser adaptado para "Manda quem tem carro, obedece quem é pedestre", a arrogância toma conta dos motoristas de forma tão grotesca que me choca diariamente.

Hoje, no meu caminho para o trabalho, passei na frente de um Frans Café. No local existem umas cinco vagas para carro, num recuo grande da calçada. Ainda assim, insatisfeitos por não haver mais vagas disponíveis e por não quererem pagar R$ 1,80 pela folhinha de Zona Azul, os clientes boçais do Frans Café simplesmente estacionam em cima da calçada. Hoje eu contei quatro carros estacionados na minha rota de passagem, um deles exatamente na esquina, na curva da rua, deixando cerca de 30 centimetros de vão entre seu carro e a mureta do Frans, para que os miseráveis e inferiores pedestres tenham a sua vez.

Como eu não sou de ficar quietinha, reacionaria no meu canto, ignorando as agressões impostas diretamente a mim, entrei no Café e fui falar com a caixa. Comecei perguntando pelo manobrista e ela me informou que ele não estava hoje. Então reclamei dos carros que estavam ocupando a calçada, do absurdo que isso significa e falei em alto e bom som para que o idiota que dirigia o Celta vermelho parado na esquina percebesse que seu carro bloqueava a passagem de pedestres. Disse que eu mesma tive dificuldades de passar e que um deficiente físico ou um idoso não conseguiria seguir caminho pela calçada, arriscando-se pela rua. Consegui constranger a funcionária e os clientes, que pararam para me ouvir. Não gritei, não fiz escândalo. Apenas reivindiquei aquele que é meu direito pleno, garantido por lei. Foi só dizer que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, responsável pelas multas aqui em SP) estava a dois quarteirões de distância para eu conseguir ter a atenção das pessoas ao meu redor. Gostaria que outras pessoas não ficassem acuadas quando vissem tais abusos. Detesto essa apatia da maioria que acata violações diretas da própria liberdade. Acho que não adianta só culpar o outro na cabeça, tem que colocar o dedo em riste!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Tricô virtual

Hoje vi na página do Yahoo! um link para um blog que fala sobre a morte de uma ciclista em São Paulo. Li o post inteiro, que é longo e muito interessante. O autor fala da manifestação que os ciclistas fizeram ontem na Av. Paulista, onde a turma da Bicicletada se encontra normalmente (perto da Consolação).

Estou comentando isso aqui porque tenho percebido há algum tempo o poder dos blogs na opinião pública. Não sou ingênua, mas acredito que blogs são uma boa plataforma de livre expressão. Eu acompanho muitos, a maioria pelo prazer da leitura, pra dar risada do humor ou das histórias alheias. Mas há também os blogs que me fazem pensar, que fazem os outros pensarem. Muitas caixas de comentários acabam se tornando verdadeiros fóruns de discussão. Lógico que sempre tem aquele troglodita sem noção que perde a briga por não ter argumentos, apenas palavras rudes. Mas tem muita gente bacana e civilizada discutindo temas importantes, como no caso do atropelamento. Essa é uma questão particularmente importante para mim. Já sofri muito com a imprudência alheia no volante. Não quero chorar minhas pitangas nesse post, talvez num outro dia. Hoje vim dizer o quanto tenho explorado na blogosfera e quantas coisas legais eu já achei fuçando links. Deixando de lado as tranqueiras, percebi que acesso muito mais páginas pessoais do que sites de notícias ou "oficiais" (ai, que cacofonia horrorosa!).

Obrigada, portanto, amigos virtuais inteligentes e interessantes. Gosto do fato de explorar o que eu quiser, quando eu quiser. Acho fantástico poder escolher as minhas companhias internéticas. Ao contrário da vida real, a gente pode optar com quem vai trombar por aí.

Não sei se isso tudo faz sentido pra você, leitor. Pra mim faz e eu estou adorando essa nova realidade, quebrando meus tabus cibernéticos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Peruando: update

Caras leitoras (homens, pulem dois posts),

minhas conclusões acerca da ida ao Shopping Paulista na tarde de ontem:

- A menor Zara que eu já vi na vida e com as roupas mais horrendas évah. Quase tudo o que estava em promoção era feio, rasgado ou não estava tão barato assim. A tal bota que eu queria ver se era bacana não era bacana. Os outros sapatos nem eram tão legais e, oh dear, confirmei uma suspeita que eu tinha há alguns meses, desde que todas as roupas que eu comprei em Barcelona descosturaram (mas eu achei que elas fossem de qualquer forma parar na Lefties). Acabei levando um super cardigã, já que a minha experiência diz que aquilo que não tem costura, não descostura. Nota: 4 (pode ser que você seja emo, aí você vai gostar)

- A Santa Lolla não tem estoque. Pelo jeito, a portinha nos fundos da loja deve ser o guarda-volumes das vendedoras. Todo e qualquer calçado que atiçou a minha vontade de estourar o limite do cartão não estava disponível no meu tamanho. Cheguei ao limite de perguntar se tinha algum sapato 38 e as moças disseram que venderam tudo. COMO ASSIM??? A loja tá trocando coleções, tudo bem, mas parou de vender 38? Perdeu inúmeros pontos comigo a exclusividade da Santa Lolla. Nota: 6 (porque os sapatos ainda são liiiindos)

- Sem outra opção, fui passar no Empório Naka. Os preços são os mesmos praticados pela Santa Lolla. Assim como a falta de sapatos 38. Pelo menos a moça foi procurar no estoque os pares que me atraíram (ou fingiu que lá tinha estoque, vai saber). No fim das contas, acabei levando a primeira sapatilha que vi na loja, que era a única e estava na vitrine. Compensei assim a minha lacuna de compras provocada pelas duas lojas supracitadas. Nota 7 (porque os tons de marrom eram todos claros e eu queria chocolate)

- Gatinha que sou, fui comprar underwear. Passei primeiro na ANYANY e descobri que o negócio deles é pijama e que o sutiã que eu experimentei me deixou com a comissão de frente parecida com a da Madonna vestida por Galliano. E ainda queriam 100 realetas pelo cone! Nota: 4 (porque é cara mas pode ter pijamas pra quem gosta)

- Continuando minha peregrinação atrás de roupas de baixo, fui na Jogê. Como eu queria ter mais dinheirinhos sambando na minha conta corrente! Tinha uma arara cheia de conjuntinhos lindos, bem feitos e sexy, sem ser vulgares (mas tinha uma arara de corpetes e calcinhas que eu nem sei como a turma veste. Pelo menos é para ocasiões que prevêem que aquilo tudo logo vai ser despido). Mas todos os bonitinhos custavam acima de 120 reais o conjunto. Daí que eu vi uma..... Bom, deixa de compartilhar a minha intimidade, pelo menos nesse sentido. Nota: 8 (porque tinha o que eu queria, mas gastei mais do que devia)

- Calor dos infernos! O térreo desse shopping simplesmente não é abençoado com o ar-condicionado. Agradeço a graça alcançada pelo privilégio de estar trabalhando sozinha e poder ir de mini-saia jeans para o escritório. Nota: +36° C

C´est tout! Fazia muitíssimo tempo que eu não ia ao shopping fazer compras como uma garota comum. E confirmo a minha opinião antiga: Odeio shoppings. Brechó, me add!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Peruando

Hoje é dia de virar povão. Como escreveu o Tio Xavier recentemente, o meu senso crítico perdeu uns 5% quando eu vi que a Zara entrou em promoção. Vou conferir hoje à tarde a veracidade do fato. Se assim for, eu quero a minha bota de R$ 49 que a Folha de S. Paulo alardeou. Digo isso porque a melhor bota do mundo é minha e eu comprei na Zara aos 14 anos e uso até hoje.

Vou aproveitar também pra passar o cartão na Santa Lolla. Vou pedir pra São Longuinho pra estar também em liquidação... se estiver, prometo três pulinhos no metrô, voltando pra casa com a sacola balançando mais um sapato liiindo de viver.

Viram como é bom não ter que comprar presentes de Natal? Sobra um dinheirinho a ser bem aproveitado em janeiro. Há anos que nossa família não é adepta do consumismo natalino. Não gostamos da obrigação de comprar presentes, mas amamos presentear fora de hora. Acho o cúmulo ficar indo atrás de lembrancinhas pra toda a turma, torrando a grana com gente que nem conhecemos bem. Prefiro ver uma coisa bacana em algum lugar, comprar, embalar e levar pra quem eu gosto muito. No Natal eu prefiro o jantar, as conversas, a tchurma toda dormindo em casa. Em janeiro eu gosto de achar que fui espertinha e só pisar num shopping quando está em promoção. Com isso eu mantenho com certa dignidade o senso crítico que me resta.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Simon´s Cat

Estava bastante entediada esses dias (e confesso que ainda estou) e recebi algumas sugestões de entretenimento online do meu namorado. A mais engraçadinha de todas é a série de vídeos do Simon´s Cat. Melhor do que tentar descrever, vou postar o meu vídeo preferido abaixo:



Owwwwwnnnnn

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Compartilhando pérolas familiares

Diálogo da minha prima de dois anos com o meu tio num avião que acabara de pousar em Salvador:

Tio: Olha quanta gente saindo pela porta!
Prima: Caramba!

Diálogo entre mim e minha mãe, que vive confundindo palavras depois de um grave atropelamento (mas ela tá bem, gente):

Mãe: Então o médico falou na consulta que o meu caso não é siderúrgico.
Eu: Siderúrgico?
Mãe: É, ele é terapêutico!
Eu: Mãe, é cirúrgico!

Diálogo à mesa de jantar, com toda a família, onde meu pai discutia como levar ingredientes brasileiros para o casamento da minha prima, na Inglaterra:

Irmã: Podia levar umas frutas tropicais, tipo papaya, manga...
Pai: Mas não pode levar nada fresco, tem que ser embalado, industrializado.
Irmã: Ah, leva as frutas evacuadas!
Coro: Embaladas a vácuo!

Diálogo entre mim e a minha irmã (que nunca foi atropelada, diga-se de passagem):
Eu: Ainda não sei como vai ser o Carnaval este ano...
Irmã: Você tá pensando em ir no Anhembi-Morumbi de novo? (Confundindo a faculdade com o sambódromo)

Tem muitas outras, mas eu preciso colocar a caixola pra funcionar...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bundas-moles

Agora me diz que eu não tenho motivo pra reclamar:

O prédio onde trabalho tem 4 elevadores, todos eles disponíveis para uso. São elevadores modernos, rápidos e grandes, o que significa que nunca existe nenhum tipo de stress de espera. Ou melhor, existia.

Hoje eu cheguei depois do almoço no prédio, às 13 hs, pontualmente. No hall de entrada havia uma fila quilométrica de pessoas. Perguntei para o segurança se tinha acontecido alguma coisa (tipo, todos os elevadores quebrarem ou uma passeata sindical). Ele me respondeu que era apenas a fila para os elevadores. Fiquei chocada, pensando que talvez uma empresa tenha resolvido sair inteira no mesmo horário para confraternizar alguma coisa durante o almoço. E dá-lhe espera. Quando fui ver, o ponteiro eletrônico do elevador que acabava de partir parou no primeiro andar e ficou um tempinho lá, o que significa que a boiada estava sendo descarregada três metros acima da minha cabeça. Mais algumas viagens de outros elevadores, chega a minha vez. Qual não foi a minha surpresa quando outros representantes da espécie letárgica desembarcam também no primeiro andar.

Peeeeraí. A turma empaca TODO o prédio porque não consegue subir UM lance de escadas??? Pô, eu venho a pé da minha casa para o trabalho, que são 20 minutos debaixo de sol ou de chuva. Numa boa. Só que eu trabalho no 11o andar, então não rola chegar suando bicas no escritório. Mas a turma vem do restaurante alí na esquina e não consegue colocar a panturrilha pra funcionar por 30 segundos! E acha lindo ficar de papo no hall de entrada, dificultando inclusive a passagem de quem tem que passar pelas catracas.

Olha, não dou 15 anos pra 75% da boiada já ter sofrido um enfarto do miocárdio, diabetes ou trombose. Essa gente é da mesma corja daqueles que reclamam quando o carro não tem vidros elétricos ou quando o aparelho de som não vem com controle remoto.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Wisard x Fradique

Pra não dizerem que eu só reclamo, tiro sarro ou ridicularizo coisas, provo que Mary, a Sanguinária (ai, o trema...) também é cultura. Como diz a Dona Edith, aqui tem dica, coisinha. A minha sugestão para aqueles que gostam da Vila Madalena (zona Oeste de São Paulo, para os forasteiros) é o Empanadas Bar, na Wisard.

Ao contrário de 99% dos bares da Vila, o Empanadas conseguiu evitar a afetação. Fui ontem à noite pela primeira vez e pude comprovar com meus olhos míopes que não havia nenhuma fia de batinha, cabelón alisado e blush alaranjado circulando ao lado de qualquer marmanjo pit boy, com boné, regata e nike shox. Eu evito sair na rua Aspicuelta muitas vezes por não aguentar mais a invasão dessa gentalha nos bares que, até uns cinco anos atrás, eram reduto de pessoas que queriam sair com os amigos numa boa, sem pensar em maquiagem ou fazer carão. Agora, os bares da Vila têm fila de espera, salto alto, vallet custando 15 reais (parando o seu carro na rua) e umas porções caríssimas. Se eu quero tomar um chopp bem tirado, eu vou ao Genésio, na rua Fidalga, mas só no fim de tarde. À noite vira a mesma palhaçada dos outros.

O legal do Empanadas é que ainda conserva uma cara de boteco. Apesar de não ter chopp, compensa pelas maravilhosas... empanadas! Pelo gosto, deve ser receita chilena. A de carne é sensacional. Ao contrário dos outros bares, o preço da comida não é extorsivo (R$ 4, cada). Outra coisa importante: lá os garçons perguntam se você quer mais uma cerveja, ao invés de simplesmente tirar o seu copo quase vazio de chopp da mesa e trocar por um novo, sem ao menos você ter demonstrado vontade (como acontece, por exemplo, no José Menino).

Com jeito de bar honesto, indico pra quem quiser fugir um pouco da afetação da Vila. E parem o carro na rua. Se der sorte como eu ontem, o flanelinha nem vai aparecer...

PS: não, isso não é um publieditorial. Não ganhei nenhuma empanadinha sequer pra falar bem deles. E nem sou filha do dono.

I´m laughing at clouds

ODEIO essa fase temperamental do clima de São Paulo. Hoje saí toda contente de casa, de bermuda e blusinha, abraçando o sol e o calor com toda a minha alma. São 16:15 hs e a previsão que eu faço é que terei que sair daqui às 17 hs debaixo de garoa/chuva. O bacana é que eu vou e volto a pé pra casa, num percurso de 20 minutos muito tranquilo (não achei o abandonado trema no meu teclado desconfigurado). Mas quem disse que tem ônibus daqui até lá????? Só se eu desse uma volta super desnecessária passando por todos os bairros de São Paulo. Como eu não tô afim de fazer horas de citytour, vou abraçar a chuva e dar uma de Gene Kelly...

- What a glorious feeling!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Papo de mulherzinha

Eu nunca soube dizer qual é o meu estilo. Acho que tendo ao básico, já que a minha combinação infalível muitas vezes é o jeans e camiseta branca. Ultimamente, percebi que saio de casa às vezes com cara de indie, culpa das skinny, provavelmente, que se apaixonaram pelas minhas pernas finas. Outras vezes, num ataque de esquizofrenia, saio de casa com uma cara cinquentinha, com saia nos joelhos e cintura alta, como fiz no Ano Novo. Já pensei que meu estilo pudesse ser baseado nos meus acessórios. Acho que eu me visto como uma tela branca, neutra, e sempre coloco um lenço, um chapéu, um dos meus anéis gigantes, usando cores nos detalhes.

Outro dia eu estava conversando com uma amiga e ela me perguntou que estilo que eu gostaria de ter quando fosse "mais velha". Eu comecei a pensar nas mulheres de 40, 50 anos que eu conhecia e que eu acho bonitas de uma forma completa. Cheguei à conclusão que eu gosto do estilo clássico, atemporal. É o que eu considero elegante. Lógico que todos somos falíveis às pressões da moda e acabamos digerindo aquilo que antes achávamos horrível. Ou somos tão vulneráveis que consumimos sem saber se aquilo durará mais de uma temporada ou se nos cai bem.

Hoje eu vi uma foto que transmitiu perfeitamente o que eu considero belo no quesito roupas. Anne Hathaway (aquela do Diabo Veste Prada) conseguiu estar impecável na sua combinação, sem parecer uma senhora saída do Casablanca, com o trench coat creme. Anne Hathaway, me add!

- E vê se me manda o nome da loja de sapatos por testimonial!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Minhas férias

Pra ser sincera, minhas duas semanas de folga não foram especialmente empolgantes. A preguiça que me acometeu nos últimos dias deve ser estudada pelos pesquisadores de Harvard. É impressionante como a combinação de sono e gravidade é perigosa. Todas as manhãs tive que lutar com uma força descomunal comigo mesma para sequer abrir os olhos, quanto mais levantar-me. Ou seja, meus dias se resumiram à milenar arte de dormir como um urso, ler, assistir a todos os filmes que caibam no disco-rígido do meu cérebro, comer três boas refeições diárias, preparadas pelo mestre-cuca Papai, acompanhar os últimos capítulos da novela (também responsabilizo o homem da casa, que virou noveleiro), dar um jeito no meu quarto, etc. Enfim, cocei, cocei, cocei até dizer "quero mais!". Olha, eu até gostaria de ter sido mais ativa, de ter brincado com os animais, de ter saído todos os dias com meus amigos, de ter tomado sol até desidratar como uma tâmara... mas fiquei resfriada logo depois do Natal, o que elevou meu estado de letargia à quadricentésima potência.

Mas vamos aos fatos de fim/começo de ano:

- Finalmente chegou o verão! Não aguentava mais ficar de lenço no pescoço até mesmo em dezembro! Agora é época de ficar com a depilação em dia (comprei "`a prestação" um Satinelle, no Magazine Luiza, porque a Ana Hickmann me convenceu que nove entre dez estrelas de Hollywood usam), de usar roupas curtas sem se sentir vulgar (hm, quero dizer, isso não se aplica a todas), de tomar três banhos por dia, de sentir menos fome e emagrecer sem esforço, de ficar com o tom de pele beje, ao invés do cansativo "branca de neve". Também seria a época de ir à praia e encontrar o nirvana lagarteando na areia do Litoral Norte. Mas essa não será a realidade deste verão e, infelizmente, a Senzala me aguarda já na segunda-feira.

- Com o verão, chegou o dilúvio. Com a água, vêm os problemas. Logo no dia 24, quando celebramos a ceia aqui em casa, com familiares, amigos, gato, cachorro, papagaio, malabaristas, escola de samba, truques de mágica e coral das meninas de Petrópolis, São Pedro decidiu que o interior de São Paulo deveria se refrescar. Mandou seus anjos jogarem 35 piscinas olímpicas cheias em cima da minha casa. Pra compensar então a queda de energia que sempre acomete a parte rural (oi, a minha casa) da cidade, S. Pedro resolveu ser generoso e jogar uns raios pra iluminar o horizonte. Foi lindo. Passamos algumas horas à luz de velas. Felizmente, nenhum trupicão foi mais sério. O incidente mais grave foi quando minha prima de dois anos derrubou uma vela no tapete, colorindo-o de azul. No mais, o blecaute serviu para que ninguém reparasse no meu esmero em decorar a casa com muito bom gosto. Por outro lado, ninguém conseguiu ver direito os presentes que recebeu, evitando, assim, qualquer cara de desgosto...

- O ano novo escapou por pouco das chuvas assassinas. Na noite do dia 31 fomos para Cotia comemorar o Reveiôn na casa de amigos, onde costumávamos passar quando eu era mais nova. Ao contrário dos anos passados, a festa foi pequena, mas ainda assim muito agradável. A casa deles é linda e tem muito espaço. Cada um levou alguma coisa para a ceia de queijos e vinhos, o que resultou num jantar delicioso regado a bons Malbecs argentinos (mode Vitor Fasano OFF). Ficamos observando os fogos alheios (comprado com dinheiros também alheios) da sacada e voltamos pra casa, sem ter enfrentado empurra-empurra, gente bêbada mala, falta d'água, trânsito, axé ou cacos de vidro enterrados na areia. No dia 1o, sem ressaca etílica ou moral, fomos pra chácara do meu tio, passar o dia inteiro torrando no sol, nadando na piscina, jogando vôlei, tomando caipirinha, comendo bacalhau e desfrutando um dolce fa niente digno. Magnífico, igualmente imune a todas as pentelhices descritas acima.

- Também confirmei a chegada da minha encomenda européia para fevereiro. O Sr. Namorado ficará dois meses em Terra Brasilis. Já estou sofrendo por antecipação!

- No mais, minha vida tem se resumido a evitar que a goteira no meu quarto atinja meus pertences valiosos, a lamentar a volta ao batente (e ao consequênte stress paulistano), a suprir a falta da empregada (oh, vida!) e a me entupir com as lichias que superlotam o nosso jardim. Como disse, os últimos dias não foram muito emocionantes. Mas 2009 promete novas histórias, afinal, eu não acredito na Humanidade.

PS: que se foda a reforma ortográfica. Aqui não pretendo mudar nada.
PS2: sim, as fotos que ilustram este post são de minha autoria e foram tiradas nas ocasiões descritas nos ítems. Não estou preocupada se ficou esteticamente bonito. Nunca fiz editoração, aula de gráfica e essa URL é minha e eu faço o que quiser com ela. Prontofalei.