quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Swing sange-bom

Aee, depois os cariocaish reclamam. Mas o que eu posso fazer quando dois estereótipos almoçam do meu lado?

Lá na famigerada padaria, onde eu faço a minha segunda mais importante refeição do dia (já que, na minha lógica, todas são imprescindíveis), apareceram duas mulheres (na casa dos 25 anos) de shortinho, regatinha curta, tênis. Ou seja, indo ou voltando da ginástica. É importante lembrar da chapinha feita, do brinco na orelha e do rímel. Tipos, não merece meu respeito ir montada à academia, muito menos saracotear por aí com roupa de lycra, justíssima, umbiguim de fora.

As duas popozudas sentaram-se à mesa ao meu lado. Papo vai, papo vem, naquele carioquês incompreensível. A morena solta:

- Ei, psiu, tu, chega aê!

Isso, minha gente, era o vocativo para garçom, na língua dela. Olha, quando eu era garçonete, num país muito distante, eu detestava quando os clientes acenavam pra mim, como se eu fosse lamber o chão deles, pra pedir alguma coisa. É fácil chamar com educação, só falar GAR-ÇOM. A pessoa aparece toda prestativa. Se for seu amigão, pode chamar de Chefia, Amizade, Grande ou similar, mas só se você for tiozão. Se for menina de 14 anos, pode chamar de moço.

Carioca como eram, pediram suco (nada mais Malhação do que tomar suco). Aí que o celular toca (no último volume, com a caixa de som estourando, pedindo arrego), para todo o restaurante poder ouvir o bom-gosto das fias, um belo pancadão!

Cá entre nós: pede ou não pede pra rotular?

Um comentário:

Gabriela Martins disse...

Nem sei dizer o que elas pedem... cara feia e antipatia, no mínimo.

Depois vêm com aquele papo idiota de que "todo mundo gosta de carioca". Então tá, né?!