sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Barbie guél

Tem uma rua aqui em Sampa com zilhões de lojas de decoração. A maioria é um leesho, com aquela coisa toda de couro ecológico (quer pagar de grã-fino ou quer fazer a linha vegan?), muito acrílico mal utilizado, pufes pra tudo quanto é quanto (Oi, a infância já acabou!), mesas de centro madeira-vidro-aço (já deu, né?), etc.

Eu já estou acostumadíssima em ver todo tipo de atentado à decoração e arquitetura. Não sou nenhuma expert mas, como filha de arquiteta, li muita Arquitetura&Construção e Casa Claudia. Alguma noção de bom-gosto eu tenho! Acontece que nada do que eu vi nos últimos tempos superou o meu choque ao ver uma vitrine simulando um quarto de menina. Não deu pra tirar foto, então vai o meu desenho, no Paint, pra dar uma idéia do assassinato aos meus olhos:



Pra quem não entendeu o meu talento, isso é uma cama. A cabeceira é exatamente dessa cor, imitando a porta de um castelo.

Senhora arquiteta (ir)responsável: faltou rosa na sua infância? Você era sempre o Ken nas brincadeiras? Sua mãe fazia você brincar com o educativo jogo da memória, ao invés de treinar para dona-de-casa brincando com bonecas?

Sinceramente, acho que você foi colega de classe da Brunete (ou melhor, Blonde) Fraccaroli lá na FAU.



- Me empresta o giz cor-de-rosa?

Um comentário:

Tia Paula disse...

Outro dia nós passamos "Coração de dragão" para as crianças num evento da escola e a menina saiu chorando de medo do dragão e dizendo que "só assistia filme de princeeeeeesa..."

Consumidora em potencial para a belezura da cama.