Hoje a postagem promete, tô cheia de reclamações:
Eu mantenho um relacionamento à distância há bastante tempo. Meu namorado é de outro país e nós estamos separados geograficamente desde abril. Nas férias de julho fui visitá-lo e fiquei 7 semanas curtindo um só love, só love. Desde meados de agosto que não nos vemos mesmo, só pela webcam do Santo Skype. Mas dura, viu? Antes era mais difícil, eu sofria mais com a saudade. Agora, com o tempo, aprendi a não ficar tão deprê, inclusive com o fato de não saber quando poderemos nos ver de novo. Acho que tem a ver com a minha baixa taxa de tempo ocioso (tipos, despendido nesse blog?) e com a maturidade que eu acabei adquirindo.
Acontece que todo mundo quer palpitar no assunto. Adoro quando as pessoas me contam cases de sucesso de outros relacionamentos intercontinentais. Me dá uma força, mesmo. Mas tem muita gente que adora fazer um comentariozinho maldoso. Não perde uma!
No semestre passado, quando a vida estava uma merda e só faltava eu tentar suicídio com uma faca de manteiga, eu morava com uma mulher chata e beeem mais velha, da idade da minha mãe. Além dela, havia uma prima que sempre ia visitá-la lá no apartamento. Outra chata divorciada. Duas pós-balzacas. Uma bela noite, enquanto eu e prima assistíamos televisão, o assunto surgiu. Conversa vai, conversa vem, ela começou a fazer suas considerações, dizendo que esses relacionamentos não vão pra frente, que não vale a pena continuar, que homem não presta, yadda, yadda, yadda... Ô fia, não é porque seu hómi te largou um dia que todos os relacionamentos do mundo fracassam. Terminei essa conversa super mal e fui chorar as pitangas pro Bem no dia seguinte. Passou.
Daí, entre tantos outros agouros (nem acredito nessa história de superstição, mas é a expressão que tá na boca do povo), o meu chefe começa a relinchar hoje, quando eu comentei que ia ligar pro meu dito-cujo hoje à noite. Ele perguntou se era o namorado daqui ou o de lá. Eu respondi, bem-humorada, que era o de lá e só o de lá, que não tem essa de poligamia pra mim não, se fosse assim, seria ficante, etc etc. Ele então, num arroubo de simpatia, ele começa a falar que não tem como ele ficar sabendo se eu tiver, piriri, pororó. Pra mim essa conversinha tem apenas dois finais possíveis (no meu célebro, é lógico). Ou eu mando o chefe tomar no cu porque está me xavecando ou eu mando o chefe tomar no cu porque ele está sendo um completo idiota de falar isso pra qualquer mulher do mundo.
Que fique claro que eu não sou ciumenta, que eu confio SIM no meu namorado e tenho um milhão de motivos pra isso. Que eu não preciso ficar perguntando pros nossos amigos em comum se ele aprontou alguma ou não, inclusive porque eu considero isso ridículo. Se eu não confiasse nele, não acreditasse que o nosso namoro daria certo, eu não estaria desperdiçando meu tempo, minha abstinência, meus planos futuros.
Prontofalei.
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