terça-feira, 28 de outubro de 2008

Onicofagia

Umas das manias que eu considero mais nojentas e feiosas é a de roer unhas. Me desculpem os leitores deste humilde blog, caso sejam praticantes do hábito, mas há poucas coisas tão repugnantes quanto observar alguém comendo seus restos de queratina.

Ontem pude observar dois exemplares da espécie humana praticando o delito de forma hedionda. A primeira das algozes do bom-comportamento era uma menina que foi assistir uma aula na minha turma. Era a namorada de alguém que foi apresentar trabalho. Sem exagerar, eu não vi a menina sem o dedo na boca. Ela ficou a aula inteira mordendo, mastigando, cutucando e atacando mais e mais suas unhas e cutículas. Ou o que sobrou destas.

Depois da aula, no já banheiro público mais conhecido como ônibus, eu observei horrorizada, de boca aberta e olhar de desaprovação, um marmanjo praticamente engolindo suas unhas, dedos e mãos ao mesmo tempo. O ogro, pelo jeito, roía os tocos de unha com os molares. Ele enfiava seus dedos tão profundamente na boca que parecia que ele queria se matar engasgando. Além do mais, que nojo, hein, enfiar a mão na boca, no olho ou no nariz depois de segurar numa barra de apoio do ônibus. Eu não encosto em nada, muito menos em comida, se eu tive que me segurar dentro do pau-de-arara naquelas barras ensebadas. Eca.

Imagina que nojo que deve ser beijar uma pessoa que rói unha. Se eu souber que o cara pratica o hábito, não tem segunda chance. Que asco daqueles restos de unha grudados no céu da boca... Eca, eca, eca!

Gente, vamos combinar que dá nojinho ver vocês comendo pedacinho de unha. Imagine o choque em ver alguém comendo caquinha de nariz ou caspa de cabelo. Pra mim, é tudo a mesma coisa. Na minha terra isso tem nome: porqueira.

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