Hoje eu tenho uma história maniqueísta pra contar. O Bem e o Mal estavam na mesma fila de supermercado comigo.
A dez minutos do começo do maravilhoso Batman, eu resolvi ser esperta e comprar uma coca e um guaraná no supermercado, para não pagar os extorsivos preços da lojinha do Cinemark. O Carrefour tava vazio, tranquilo, e eu consegui levar meus objetos de desejo ao caixa em tempo record. Na minha frente havia outros 3 clientes. Tudo bem eu estava com uma folguinha, não me deixei atingir pela pressa. O cara lá na frente estava fazendo uma compra grande. Terminou, pagou, beleza. Foi quando o Bem se manifestou: a moça que estava na minha frente, com uma compra média já colocada na esteira, percebeu que eu tinha apenas dois volumes na mão. Num surto de gentileza nunca visto dantes na cidade de São Paulo, ela ofereceu para eu passar na sua frente. Agradeci de todo o meu coração, já que o tempo estava correndo e a caixa não agilizava muito. Na minha frente então estavam dois homens que queriam pagar uma conta. A caixa conseguiu demorar incríveis 5 para debitar tal conta. Aí o Mal se manifestou. A caixa, um ser despreparado pela Rede Carrefour, pegou a nota de R$50 do moço, ajeitou o troco que o devolveria e no fim de sete luas, perguntou se ele não teria 30 centavos. É pegadinha, né? Ela é treinada pra estourar pontes de safena, eliminar cortizol no sangue, provocar queda de cabelo dos clientes.
Eu tive que olhar pra trás e fazer contato visual com o Bem, como me desculpando por ter aceitado a oferta de passar na frente dela, o que tirou cerca de um outono de sua vida. Já pra não demorar mais do que o necessário, nem paguei no cartão. Dei R$10 pra moça, ela apertou todas as teclas do teclado dela, apareceu o troco na tela e tudo o mais e ela faz a mesma pergunta imbecil: tem 30 centavos?
Pra dar uma idéia da minha impaciência, eu nem reclamei dos dois centavos que o Carrefour abocanhou do meu troco. Saí sem olhar pra trás. Não poderia ouvir um "Obrigada e volte sempre" do Mal.
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