Hoje eu fui aos Correios. Na entrada tem um rolo de senhas e nos guichês tem um daqueles painéis eletrônicos que dão aquele sinalzinho irritante pra avisar qual é a senha da vez, enquanto a turma pode esperar pacientemente sentada em um dos vários bancos acolchoados. Mas SEMPRE tem um infeliz que ignora solenemente todo o aparato tecnológico instalado e dá uma de Gerson furando a fila.
Na minha vez, levantei e me dirigi ao guichê. Comecei a minha operação tira-pacote-da-mala. Sou famosa na agência por sempre levar zilhares de envelopes de uma vez, o que sempre torna o meu atendimento demorado. Até aí tudo bem. Só que num determinado momento, eu notei a presença de uma mulher ao meu lado, meio que espiando o que estava acontecendo. Depois de alguns momentos da tormenta, reparei que ela não era apenas curiosa. Estava lá pra ser atendida. E não era que eu tivesse roubado a vez dela na senha, não. Eu estava no meu direito de postar as minhas coisas no meu tempo e do meu jeito. E se eu tivesse postando uma caixa repleta de materiais eróticos? Eu poderia ficar constrangida! Só sei que quando eu terminei tudo, paguei, fechei a minha mala e fui dar a meia-volta pra sair. A dona corujona estava tão perto que eu acabei atropelando o pé dela com a rodinha da mala. Não pedi desculpas. Falei um "Com licença" mau-humorado e saí. A fia foi logo conversar com o atendente, que mal teve tempo de organizar os meus pacotes.
Como eu queria que eles instalassem lá aquelas fitas de isolamento e colassem um adesivo escrito "Mantenha a discrição. Aguarde ser chamado" no fim da fila. A tchurma é muito folgada. Isso quando não vem ninguém "Só fazer uma perguntinha, rapidinho!". Dá vontade de mandar virar comida de tubarão!
"Eu sou o pirata da perna de pau, do olho de vidro, da cara de mau!"
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